A
virtude da fé, sendo ela como nos diz no Catecismo da Igreja Católica, ela é
uma virtude cardeal, ou seja, não é uma virtude própria do homem, conquistada
pelos nossos objetivos, ela é dada por Deus, é um dom que Deus nos dá para
alcançar seu amor. Por isso a fé tem que sempre nos levantar o questionamento
de que até que ponto se baseia nossa confiança em Deus? A fé primeiramente não
é um dom que nos priva de todos os sofrimentos, porque temos Deus, ela nos
desinstala, colocando-nos como que em um campo de batalha, na luta contra o
ódio e amor.
O
itinerário da fé, não se baseia somente no achar que tem Deus, mas no lutar
constantemente para não se desviar d’Ele, ela não esta no possuir e nem no
receber, mas esta no lutar e conquistar o que já lhes foram dado no mistério de
amor da Santa Cruz, a salvação que Jesus nos deu ao derramar seu sangue por
nós.
A
fé precisa ser concretizada em Deus, pois quando então Deus nos dá a graça do
dom da fé, “Ele nos dará um coração novo,
e colocará no nosso intimo espirito novo, tirará de nosso peito um coração de
pedra e dará um coração de carne” (Ezequiel 36,26). Quando a fé age em nós
como ser absoluto, ela ultrapassa nossos limites, dando-nos a força necessária
para alcançar, lutar, suportar e vencer todas as crises e conflitos das tentações
impostas sobre nossos caminhos. Ela nos dá a força necessária, para suportar a
contradição, para aguentar a flagelação do mundo contra nós, para aguentar a
coroa de espinhos sobre nossa cabeça orgulhosa querendo justiça, para aguentar
o peso da Cruz que o mundo coloca a carregar, para aguentar a dor de nossas
mãos e pés perfurados com o prego da injustiça, a dor de nosso peito que sangra
no abandono de um mundo a nos odiar, por testemunhar a fé de um Amor que
sedento de amar, nos dá sua vida para resgatar e conosco ressuscitar.
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