O Amor de Deus se abrange em um mistério insondável do
qual nossa mente e razão não consegue ter a clareza interpretável dessa
Misericórdia. Seria muito fácil se compreendêssemos o Amor de Deus, pois
primeiro que esse amor já não mais seria imenso, por que se compreendêssemos ele
teria um limite, como não tem limite não podemos então entender.
Amor este que vai além de nossas razoes e
sentimentos, vai além de nossas emoções e carências, vai além até mesmo de
nossas vontades e desejos, como então nesse mistério insondável podemos entender
esse amor? De maneira nenhuma, pois podemos citar milhares de exemplos, mas
mesmo assim ainda não iriamos chegar à clareza de amor. Amor que se tornou uma
loucura aos nossos olhos, pois o Louco de amor se deu na Cruz.
A Cruz tornou-se o ponto principal desse amor, pois
de fato concordou com a palavra que o próprio Jesus disse antes de se entregar
como uma ovelha é entregue ao matadouro: “Ninguém
tem maior amor do que dar a vida pelo irmão” (João 15,13), nessas palavras
afirmou Jesus o que sentia de fato por nós, Ele que por si mesmo é Amor.
O que é Deus se inclinar do alto céu, se fazer um
como nós e se dar na Cruz por nós? “O que
é o homem Senhor, para que vos pensardes nele?” (Salmo 8,5). Se de nada
pode em nós ter por agradável, nos enlouquecermos, pois nunca vamos entender o porquê
amar tanto um nada que não merece amor.
A virtude teologal da caridade, com a qual amamos a
Deus, é mesma com a qual amamos os homens, pois o objeto formal da caridade é
sempre o mesmo: Deus, pois ainda que não merecedores Deus se inclina na sua
misericórdia para nos amar.
O amor de fato é um mistério que com palavras não
somos capazes de entender, mas podemos viver e só vivendo esse mistério podemos
então compreender nossa verdade, pois se ao menos compreendêssemos um pouquinho do
amor que Deus tem por nós, seria o suficiente para nos render por inteiro.
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