“Viver pra mim é Cristo, morrer é ganho”

“Viver pra mim é Cristo, morrer é ganho” (Filip 1,21) 

Apóstolo Paulo quando proclama essa verdade, deveria estar em um grau de santidade elevadíssimo, tão alto que não só proclama que o “viver é cristo e o morrer é ganho”, mas afirma “combati o bom combate, completei minha carreira, guardei a fé” (II Tim 4,7). 

Se nos aprofundar mais nessa expressão que Paulo fala, vamos enxergar uma vida, que não pensou em viver pelos seus interesses, méritos, nem prazeres pessoais, mas uma vida que martirizou suas vontades para deixar Cristo viver e fazer a vontade do Pai. 

Ninguém pensa e quer morrer, por isso quando Paulo diz que “morrer é ganho”, causa certa repugnância no nosso coração. Não somente Paulo, mas muitos santos enxergaram para a morte, não como algo terrível, enxergaram a morte bela, pois a morte é passagem para eternização, a volta de nossa vida para a Vida. São Francisco de Assis vai enxergar a morte como irmã, que esta sempre ao lado, que pertence à vida terrena. 

A morte nos leva para Deus, saímos do estado de tempo, para vivermos na eternidade, por isso muito mais vale sofrer em Deus, esse tempo que temos, do que viver uma eternidade no inferno. 

O tempo é propicio para nossa salvação, não temos que temer a morte e sim a eternidade, pois o sempre não tem fim, seja no céu ou até mesmo no inferno. Como vai nos dizer Santo Agostinho, a graça de Deus é para agora, amanha já não será a mesma graça, a morte também é para agora, temos a certeza, mas não sabemos quando virá.